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domingo, 12 de fevereiro de 2012

Diário de uma viagem I

7 de Fevereiro
7h00 da manhã, Aeroporto Francisco Sá Carneiro, Porto.
Cheguei à hora prevista e, surpreendentemente, a fila do check-in era muito pequena.


Com a mala pesada e aviada, fui com a mãe e pai tomar o café da praxe antes do embarque.
Estava então na hora de passar a segurança. Gosto de fazer isto cedo para me passarem a maior parte dos nervos.
Tudo em ordem, sem apitos e luzes vermelhas!
E pronto, mais um acenar adeuzinho com as mãos, rumar à porta de embarque e esperar a hora da porta abrir.

Quando se está sozinha, estes tempos mortos parecem eternidades...

O vôo até Barajas, em Madrid correu bem, mas atrasou! À chegada, já sentia um stresszinho porque o tempo entre vôos era pouco. Mas olhava para o relógio e ouvia a minha outra voz: "tens tempo, vais ver, tens tempo..."
E tive!

Entrei no avião e vi que não era dos gigantes, que chatice!
A moça sentada ao meu lado não prezava pela simpatia e tentei não me irritar nas quase 10 horas da minha vida que passei ao lado dela. Depois de acabar o almoço, decide refrescar-se e perfumar-se com uma colónia que devia largar o odor até ao outro corredor do avião. Como se isto não bastasse, saca do verniz e pinta as unhas de uma mão.  Sim, só pintou de uma mão porque deve ter reparado que eu só tapava o nariz, enquanto tentava adormecer.  E a minha voz a tentar dizer-me: "não enjoes agora, já vai passar o cheiro..." ou os cheiros... porque o odor da colónia ainda pairava no ar.
Depois não parava de se mexer, enroscava-se no banco com os pés em cima do mesmo quase a vir para cima de mim (mas felizmente nunca aconteceu). Há que dizer que eu estava na janela, ou seja, quando finalmente, ao fim de 6h de viagem queria levantar-me e desentorpecer todos os músculos (e mais alguns que entretanto descobri), ela dormia! AAAAARRRRGGGGHHHHH!!!! "Pronto, pronto, mudas de posição, esticas os braços e os joelhos, rodas os tornozelos e os punhos e ainda aguentas mais um pouquito." Pouco depois, ela acordou e eu não perdi tempo!
E assim foi passando o tempo... estas viagens grandes são sempre muito pouco interessantes, mas nesta apanhamos um susto! Isso mesmo, já fiz algumas viagens destas, já apanhei poças de ar grandes mas NUNCA como a que apanhei desta vez. O avião já estava a baixar, mas ainda havia gente de pé, inclusivamente eu. Quando estava a sentar-me o comandante manda apertar os cintos. Pois, nem deu tempo. Assim que toquei com o rabo no banco ele tornou a subir. Dei um pequeno salto, consegui apertar o cinto e a seguir dei outro salto. Ouvi gritos em peso dentro do avião, as crianças começaram a chorar... foi mesmo um grande susto! O meu coração disparou e eu tremia tanto que nem conseguia preencher os papéis da imigração (obrigatórios para voos intercontinentais).
Mas tudo não passou mesmo de um susto e a aterragem foi suavíssima!
Cheguei ao pôr-do-sol... e como é lindo no Rio de Janeiro! :)


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